Juízo estético, juízo sobre o agradável e juízo de conhecimento

14/01/2020

     O juízo estético é, assim, ambíguo, comparado com os outros dois, dos quais ele, ao mesmo tempo, difere e tem alguma coisa. Ele parece com o juízo sobre o agradável porque, como este, se baseia numa simples sensação de prazer que o sujeito experimenta diante do objeto. Mas difere do juízo sobre o agradável porque a pessoa que gosta de um quadro não se conforma em que este seja belo apenas para ela: quer que todo mundo goste também. Ocorre coisa semelhante se compararmos o juízo estético com o juízo de conhecimento. Por um lado, ele se difere deste, porque não se baseia em conceitos, e sim numa sensação; por outro lado, é semelhante, porque nós exigimos para ele validade geral. Temos então sobre o que foi exposto: Juízo de conhecimento: "Esta rosa é branca". (Conceito, validade geral.)
Juízo sobre o agradável: "Este alimento me agrada". (Sensação, reação puramente pessoal do sujeito, ausência, de validade geral.)
Juízo estético: "Esta rosa é bela". (Sensação agradável do sujeito, ausência de conceito, mas exigência de validez universal.)
Fonte: Iniciação à estética. Autor: Ariano Suassuna. 

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